“Todo homem é poeta quando amor tem, mas se se trata de paixão é melhor ser controlado para seu próprio bem.”
P.V. Ângela
Acordei com o sol a bater-me na cara. Estranhamente não ouvi o despertador irritante da Sara, ou o seu toque de telemóvel...
-Bom dia dorminhoca. Já estás há muito tempo acordada? - Indagou-me o Rob que acabara de entrar no quarto. Invadiu-me uma sensação de felicidade extrema quando relembrei o porquê de eu estar ali e não na cama com a Sara. Recordei com fascínio o nosso beijo - que pensando bem, foi o primeiro.
Suspirei.
-Acabei de acordar, e tu? - Disse esfregando os olhos.
-Não me sentiste? Já estou há um tempão de pé! - Informou-me enquanto abria as janelas.
-Como é que podia ter-te sentido?!
-Eu caí da cama... -Confessou envergonhado.
Concentrei-me para não me rir. Mas calma, ele disse: "caí da cama?!". Mas que cama? Se só há uma cama nesta suite... A não ser que ele tenha dormido nesta cama!! Olhei para a almofada desalinhada ao lado da minha! OMR ele dormiu mesmo nesta cama!! Ao meu lado!
- Bela maneira para se começar o dia! – Gracejei espreguiçando-me.
- Acredita! – Ironizou rindo enquanto pegava numa toalha turca. Virou-se para mim.
- Vou tomar um duche… Podes acordar o Tom sff? – Pediu-me enquanto se dirigia para o WC. Ouvi a porta bater sem me dar tempo para lhe responder e levantei-me da cama. Estava com as mesmas roupas do dia anterior, a seguir ao Rob seria eu a tomar um bom duche. Caminhei preguiçosa para a sala. O Tom estava com uma respiração pesada e dele emanava um horrível cheiro a álcool. Abri os cortinados, outrora fechados, e toda a divisão se encheu de luz. O Tom reclamou.
- Toca a acordar, vá! – Pedi estremecendo-lhe o ombro.
- Deixa-me lá dormir, Rob! – Refutou ainda de olhos fechados afastando-me a mão.
- Se abrisses os olhinhos poderias perceber que não sou o Rob. – Insisti destapando-o.
Ele abriu os olhos e voltou a fechá-los puxando-me para cima dele.
- Ei!!! Tens 3 segundos para me largares! – Ameacei-o ao que ele se riu.
- 1… - Iniciei a contagem.
- 2… - Zombou-me.
E ao terceiro dei-lhe uma estalada na cara.
- Auuu!! – Queixou-se soltando-me.
Saí de cima dele e ele rapidamente se levantou.
- Pronto! Já estou de pé! – Garantiu-me.
- Bom dia! – Desejei-lhe enquanto caminhava para o frigorífico.
- Para ti também! – Retribuiu esfregando a cara. – Também acordaste assim o Rob?! Ou nem chegaram a adormecer?
Fitei-o incrédula. Que abusado…
- Ele já estava acordado… Ao que parece caiu da cama… - Contei-lhe inocentemente.
Ele riu-se e abriu as janelas.
- Ainda foi pior do que eu pensava! – Constatou rindo-se. – Para a próxima espero estar lúcido…
Fitei-o à espera que ele retirasse o que acabara de dizer mas não o fez… Dirigia-me então ao quarto para fazer a cama quando bati brutalmente contra algo…
- Auuu! – Queixei-me abrindo os olhos depois do impacto.
Não era “algo”… Era “alguém”. Se o Tom estava na sala vestido, se o Robert estava no duche … Olhei-o dos pés à cabeça. A toalha caíra no chão quando embatemos. Tapei rapidamente os olhos com as mãos. Ele já estivera no duche, já não estava… Estava agora ali encostado a mim, nu e os seus cabelos pingavam.
- Desculpa! – Pedi-lhe envergonhada incapaz de me mexer um milímetro.
Senti-o baixar-se e apanhar a toalha, produziu uma brisa. Ele estava atrapalhado, corado, bem como eu…
- Anh… Hum, podes ir tomar duche… Eu vinha-te chamar para te dar uma toalha… Anh, vem comigo… - Pediu-me.
Inconscientemente continuei a caminhar de olhos fechados e desta vez fui contra uma superfície bastante mais rija: a parede. Ele riu-se.
- Já podes abrir os olhos… - Informou-me.
Abri. E continuei a andar para o quarto. Ele entregou-me a toalha.
- Hum, vou deixar aqui em cima da cama uma t-shirt e umas calças de fato de treino para ti, sim?
- Okay. – Concordei sem conseguir dizer mais nada.
- E bem, quanto à roupa interior… Han, não posso fazer nada… - Disse-me remexendo a mala. – Ah… A não ser… - Disse tirando uns boxers de lycra dele e pousando-os na cama. – Acho que é melhor que nada, não?
- Serve! – Assegurei-lhe rindo.
Agarrou-me na mão e puxou-me para o WC.
- Anda, vou-te mostrar como isto funciona. – Justificou-se enquanto manuseava as torneiras explicando-me “não-sei-o-quê”… Os meus olhos seguiam cada movimento de cada musculo das suas costas nuas… Óh vá lá eu não me conseguia controlar… Olhei-o de novo, de cima abaixo, e uma vez mais, de baixo a cima… Ele reparou…
P.V. Sara
Acordei com um cheiro a comida a invadir o quarto. O Kellan já não estava ao meu lado. Agora, em cima da sua almofada, estava um recadinho. Abri-o.
«Bom dia bebé! Espero que a noite tenha sido do teu agrado… Nunca passei noite tão especial como esta… És fantástica! Estou na cozinha… Amo-te.
K.»
Com um sorrisão dirigi-me à cozinha… Ele não deu por eu entrar. Abracei-o por trás, e beijei-lhe as costas.
- Bom dia amor, noite melhor que a que passámos era impossível… Obrigada… - Agradeci-lhe com sinceridade. Ele colocou as panquecas acabadinhas de fazer num prato e virou-se para mim beijando-me apaixonadamente.
- Não devias vir para aqui nua amor… Isso é puro pecado! – Avisou-me olhando malicioso.
- Tenho fome… - Disse. – Cheira bem! – Elogiei-o.
- Acabadinhas de fazer amor! Porque não vais tomar um duche? – Interrogou-me enquanto me beijava de novo.
- É uma boa ideia! Até já paixão! – Despedi-me enquanto me dirigi para o WC.
Aqueci a água e entrei para o duche. Fechei os olhos e descontraí…
P.V. Robert
Continuamos a olhar-nos e um ambiente estranho pairou no WC. Ela não parecia prestar a mínima atenção ao que eu dizia. Humedeci os lábios e elevei-a encostando-a a mim, beijando-a. Era tão estranho como tudo tinha mudado de um momento para o outro… Ainda com ela nos meus braços caminhei para porta entre beijos e fechei-a violentamente. Senti as suas mãos nos meus cabelos, agarrando-os com força e sentei-a no lavatório. A minha toalha caiu. Ela reparou e corou, parando.
- Não importa… - Garanti, continuando.
Tirei-lhe a t-shirt e desapertei-lhe os jeans. Os nossos beijos voltaram, desta vez selváticos e a nossa respiração estava acelerada e profunda.
- Posso? – Perguntei, prendendo a minha mão no seu soutien.
- Hum, hum… - Foi tudo o que proferiu e puff… O seu soutien desaparecera. Acariciei os seus seios, temo que, com brutalidade. Senti as suas unhas cravarem-se nas minhas costas e descerem ao longo delas. Eu sentia-me excitado e agora por muito que quisesse pensar com cabeça, o meu cérebro era “outro”…
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